quinta-feira, 5 de abril de 2012

as pessoas e seus defeitos quem é que não tem o seu


    como lidar com pessoas difíceis  


Nada mais desmotivante que ter de conviver com pessoas difíceis. É o exercício pleno da tolerância. Tolerância é suportar levemente, a contragosto, alguma coisa na espera de algo melhor. Conta a lenda que quando pedimos tolerância a Deus, Ele sempre coloca uma pessoa difícil ao nosso lado. É a forma de testar o discípulo. Da mesma maneira, pessoas difíceis são o teste. Será que há algo que possamos fazer para eliminar alguns desgastes ao lidar com elas? Será que existem segredos para tornar essas relações mais harmoniosas e mais efetivas?

Alguns conselhos

Aprender a lidar com pessoas difíceis é um grande diferencial no mundo dos negócios, nas relações humanas, e o conduzirá a uma vida mais próspera, mais justa e mais feliz. Então, sugiro algumas dicas:

» Evite apontar erros de forma ríspida, é uma ação muito provocadora e improdutiva.
» Jamais envergonhe a outra pessoa.
» Não a coloque em uma má situação.
» Evite a pancada direta, que humilha.
» Tenha certeza de que ninguém é difícil porque gosta de ser difícil.
» Use a fórmula dos 3Rs – Respeito pelo próximo, Respeito por si mesmo e Responsabilidade pelas suas ações.

3 passos para dar feedback usando o processo "mais-menos-mais"

1º Passo – Comece de uma maneira amigável e fale uma coisa boa, positiva, uma apreciação sincera. Afinal, todos têm qualidades.

2º Passo – Diga o que deve ser melhorado, o negativo, o menos, o puxão de orelha: "Você tem potencial, capacidade técnica, mas pode melhorar nisso, naquilo, etc.".

3º Passo – É o mais positivo. Um convite a tentar novamente: "Eu sei que você pode, eu confio em você, sei que tem potencial e pode dar conta do recado. Tenho certeza de que você irá conseguir atingir seus objetivos. Eu sei que errou tentando fazer o melhor e, da próxima vez, vai acertar”. Essa é a fase da valorização e do desafio, ela permite que a pessoa salve seu próprio prestígio. Afinal, você não quer que ela saia dessa conversa arrasada, quer que melhore seu comportamento.

Aprenda a lidar com cada perfil de pessoa difícil

Para lidar com tipos dominadores e controladores


Nem olho por olho nem submissão são reações aconselháveis.
Mostre respeito sem ser submisso.
Tente mostrar pontos de vista diferentes, sem atacar diretamente.
Exercite a tolerância, mesmo que o outro esteja errado.

Para lidar com pessoas agressivas ou duras
Meiguice não é uma postura adequada com pessoas desse perfil.
Confronte claramente o comportamento, não a pessoa.
Olhe nos olhos e se dirija ao outro pelo nome.
Jamais humilhe ou despreze.
Tenha coragem para interromper, antes que as coisas fiquem sem controle.

Para lidar com pessoas desconfiadas
Satisfaça sua necessidade básica de segurança.
Responda com outras perguntas.
Ignore seus ataques.
Pergunte se a desconfiança é sempre ou só naquele caso.
Permita-se uma "certa desinteligência" momentânea e calculada.

Para lidar com pessoas caladas
Prefira perguntas abertas, não faça um interrogatório.
Construa pontes de diálogo.
Treine a sua paciência.

Para lidar com pessoas supersimpáticas
Lembre-se de que são boas demais para serem de verdade.
Cale-se simpaticamente ante pretensões demasiadas.
Jamais pense que os galanteios são algo pessoal.
Treine a habilidade de fazer perguntas seletivas. Peça evidências que comprovem o que a pessoa está dizendo.

Para lidar com pessimistas e negativistas
Jamais se deixe contagiar.
Fale devagar.
Tenha paciência.
Faça perguntas que peçam respostas com soluções para as dificuldades.
Use o bom humor.

Para lidar com os dramáticos
Estabeleça limites por meio de articulações claras.
Deixe um tema pela metade e fale de um assunto diferente. Afinal, nós temos de sobreviver.
Jamais se afogue no maremoto do dramático.
Mantenha o contato visual e pergunte o que ele faz de diferente para mudar as coisas.

Para lidar com os intolerantes
Jamais se deixe intimidar.
Interprete-os com gentileza.                     
Use um toque de ironia.
Coloque seus limites.
Só vire a mesa como último recurso. 
Pessoa com raiva

                                        Ciúme e desconfiança sob um ponto de vista psicológico

 


                                         
O Inseguro/desconfiado e suas projeções negativas sobre o Outro

É fundamental notar que a desconfiança esteja sempre à procura de um motivo real onde se instalar e, de fato, nem precisa ser tão real assim: basta ser plausível e pronto! Ela se instala!!!

Muito me tem sido perguntado quanto a esta contaminação nociva tão comum nos relacionamentos.
Primeiro, se faz imperativo ressaltar que, esta fantasia de segurança que DEPENDE do outro para se tornar efetiva, não é segurança real, pois depende do Outro para existir.
De fato, em realidade, para o desconfiado/inseguro típico, não importa o que o Outro faça para evita-la, pois a Insegurança estará sempre presente, à espera de um motivo, já que ela não depende de um motivo real, pois emana do EU.
Vice-versa, poderíamos dizer que a Confiança e a Segurança são qualidades energéticas, ou seja, são algo que a gente ENTREGA, pois emana do EU para os Outros, ou então não existe, de modo algum.

É necessário ressaltar o aspecto radiante ou energético da confiança, do amor e da fé. Trata-se de um fenômeno energético, que tem a direção do EU para fora do EU e é projetada sobre o mundo e os outros. Aquele estado, comumente também chamado de confiança e que depende do Outro (ou do que o Outro faça!) para existir ou para se manter, em verdade, não merece este nome, pois não é confiança coisa nenhuma.

Se eu confio, não vigio, se confio não me faço um negociante da confiança ou da desconfiança do outro, não me torno um GUARDA restritivo e muito zeloso de suas posses adquiridas, não me torno um segurança, sempre pronto a cercar e garantir, sempre pronto a proibir e a cercear a liberdade do outro.
Se EU, em nome de minha Insegurança exijo provas diuturnas de que o Outro nada tenha feito para merece-la, então, de fato, de dentro de minha Insegurança, o Outro é CULPADO, a menos que PROVE O CONTRÁRIO, pois a realidade única que eu permito é a da minha DESCONFIANÇA e o Outro, na verdade, não é levado em conta, e sim, desconsiderado e desrespeitado em sua Individualidade, poder de escolha e liberdade. Aí está a raiz psicológica da Democracia aplicada ao campo dos relacionamentos interpessoais.

Para o Inseguro e Desconfiado, o Outro, de fato, nem existe como dimensão psicológica. Ainda que sua existência física e sua presença não possam ser negadas, para o desconfiado/inseguro a percepção psicológica da existência real do Outro ainda não aconteceu, pois a partir de sua imaturidade ele(a) não se relaciona com o Outro e, sim, com o espelho de si mesmo, através de julgamentos, explicações convenientes, condenações, preconceitos, pré-julgamentos de todo tipo, assunções de valor moral e, principalmente, uma imensidão de carimbos moralistas sobre a testa alheia com conotações negativas:
Você me trai! Você não é confiável! ......... E assim por diante..........

É particularmente revoltante conferir que o desconfiado/inseguro (homem ou mulher) não se altera mesmo diante dos mais infundados motivos. O fato é que ele(a) é insensível ao Outro. O fato é que ele(a) não vê na realidade nada além do que ele mesmo cria, nada além daquilo que ele, de forma doentia, quer ver no Outro (sempre o pior, sempre o mais negro, sempre o mais terrível).

Ele só vê no outro o espelho de seu íntimo, nada mais, pois nunca tem a visão real da outra pessoa já que sua guerra é com os seus sentimentos negativos e com a projeção indiscriminada e inconsciente destes sentimentos sobre o Outro. Sua guerra é com a dependência estrita e estreita que ele nutre, todos os dias, com relação a estes sentimentos negativos e depressivos.

É como se ele(a) (desconfiado/inseguro) dissesse, o tempo todo, para o Outro:
Por favor, não me faça isso!!!! Não me traia!!! Não me abandone!!! Não me rejeite, nem me passe pra trás!!! Eu sofreria tanto se isto me acontecesse que acho que seria capaz de perder a cabeça e fazer uma loucura!
Quando, de fato, já é uma loucura fazer o que faz, do jeito que faz...

Excetuando-se os casos em que o desconfiado/inseguro se depare com alguém realmente indigno de confiança e traidor, todas as outras possibilidades, que ele teve, de confiar, serão inapelavelmente desperdiçadas, pois ele não pode se dar ao luxo de confiar: é correr riscos demasiados... é dar a arma pro bandido!!! é demonstrar ingenuidade!!!
Sua imaturidade e sua baixa auto-estima não se remediam em absoluto por esforços de guardar e proteger possessivamente ao Outro; nem se apequena diante de um companheiro(a) que não lhe dê motivos e que se esforce, sabe Deus quanto, para não lhe causar este tipo específico de sofrimento.
Ele vive em uma fantasia negativa e suas projeções inconscientes sobre a Realidade mascaram tanto o que ele vive que, não demora, ele pode já não distinguir o imaginado por ele do real. Sua única chance é procurar ajuda especializada para vencer seus muros de autodefesa e parar, então, de atravancar sua vida de relação (especialmente a conjugal) com seu medo da repetição de um passado possivelmente conflitivo e até traumático.

O testemunho do Outro vale muito pouco, nestas horas negras, pois a desconfiança não permite entrega, não baixa a guarda e o temor engole, em seus subterrâneos mais profundos, todo e qualquer sentimento positivo que se podia nutrir na cena de ciúme e traição que o desconfiado/inseguro constrói.

Ele se parece com um diretor de cinema que sempre vê o mesmo filme, a mesma cena... e, de fato, não importa se ela é ou não real, pois, mesmo que não o seja, ainda assim parece possível (e plausível) aos seus olhos (tornados míopes pelos filtros impiedosos de seus sentimentos negativos)...
O desconfiado/inseguro tem de reconhecer que está (por assim dizer) possuído por sentimentos negativos e que, em função deste fato, vive dando voltinhas sem abordar, de frente, a questão. Se ele(a) não é mais capaz de exercer sua escolha ou sua liberdade nesta questão, justifica-se a necessidade da ajuda especializada.

Uma coisa é certa: Ninguém sofre mais com o ciúme e a insegurança, do que o próprio ciumento/inseguro. Trata-se de um grande desperdício de energia e de vida!
Quem sofre tanto com este problema faria por bem ocupar-se mais (atentar) para aquilo que ele(a) ENTREGA no relacionamento, e menos, com aquilo que ele(a) RECEBE.

Há uma grande responsabilidade envolvida naquilo que ENTREGAMOS nas relações com os Outro, pois existem cargas letais para um relacionamento legítimo e o Ciúme e a Insegurança são, sem dúvida, dois tipos de influências muito nocivas.

Assumir a responsabilidade pelo que ENTREGAMOS nos faz retomar o foco em nós mesmos (e naquilo que emana do EU), assim como nos faz parar de criticar tanto ao Outro, como se ele fosse o nosso obstáculo de plantão na jornada/caminhada na direção da felicidade e da plenitude.


                                   beijinho anja luz 

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